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Fratura de fêmur no idoso

por Regina Botinha



Com a expectativa de vida cada vez maior, cresce proporcionalmente a população acometida pela osteoporose, ou seja, pelo enfraquecimento e perda da qualidade óssea. Como consequência, aumentam significativamente o risco de se fraturar o fêmur em uma queda simples e a necessidade de cirurgias de urgência e sem planejamento.


Complicações cardíacas, neurológicas e ou infecções no local da cirurgia ou “à distância”, como as urinárias e pulmonares, além do tromboembolismo venoso ou pulmonar, levam a uma taxa de mortalidade alta, não decorrente da fratura em si, mas destes problemas, que podem ocorrer no período pós-operatório imediato ou por até mesmo um ano após a cirurgia.



CUIDADOS NECESSÁRIOS

A fratura do fêmur pode aumentar consideravelmente o risco de morte na faixa etária acima de 65 anos. Uma pequena parte decorre de tumores ósseos e a grande maioria, da osteoporose associada a “quedas da própria altura” em domicílio, por motivos perfeitamente evitáveis, como tropeços no tapete, no chinelo e outros desequilíbrios.



Por isso, é muito importante que os familiares estejam atentos ao momento adequado de se intervir, para que esses acidentes sejam evitados, mesmo que encontrem a resistência inicial dos idosos (o que normalmente ocorre). Dentre os muitos cuidados necessários, podemos citar o incentivo à hidratação frequente e à atividade física regular para o incremento do condicionamento, fortalecimento muscular e melhora do equilíbrio, que devem ser iniciados quando o idoso ainda está totalmente ativo e independente. É altamente recomendado realizar correções visuais com o oftalmologista e propiciar o acompanhamento do idoso por um bom clínico ou geriatra, que devem evitar indicar medicamentos que causem tonteiras ou sonolência.


A família tem papel importante na adaptação do ambiente no qual o idoso vive, devendo mantê-lo sempre bem iluminado (com pequenas luminárias no período noturno), utilizando mobiliário estável e retirando do caminho pequenos objetos (sapatos, por exemplo, e especialmente tapetes), que podem funcionar como “armadilhas” para quedas simples, mas com danos gravíssimos ao seu ente querido. E se o idoso já não tem um bom equilíbrio para ficar de pé e deambular, é importante adotar apoios individuais, como bengalas ou andadores.


O banheiro é um local que merece grande atenção por ser um cômodo onde ocorre o maior número de “quedas da própria altura”. A instalação de barras de apoio ao lado do vaso sanitário e dentro do box, como também tapetes de borracha debaixo do chuveiro e antiderrapantes, usados apenas no momento em que o idoso sai do banho para se enxugar, podem evitar acidentes, como escorregões devido à água e à umidade e ou o desequilíbrio do idoso.

Mesmo com todos os cuidados indicados, em muitos casos a prevenção não será suficiente e poderá ocorrer uma fratura. A grande maioria dos idosos acidentados terá que ser submetida à cirurgia, pois o tratamento clínico requer repouso por tempo prolongado, que, associado às comorbidades preexistentes, podem levar ao agravamento do quadro clinico e cognitivo.


CIRURGIA A cirurgia só não é indicada em casos de comorbidades graves, que poderiam colocar em maior risco a vida do paciente. Uma intervenção cirúrgica bem feita em um centro de referência, somada à reabilitação adequada e acompanhada por um fisioterapeuta, com o objetivo de um retorno o mais breve possível às atividades diárias do idoso, significam sucesso no resultado do tratamento.

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