Por Adriana Vicente Baeta
A apneia obstrutiva do sono é a parada respiratória que pode ocorrer durante o sono devido ao relaxamento da musculatura da região da faringe, agravado por fatores como excesso de peso, ingestão de bebidas alcoólicas, acúmulo de gordura na região cervical etc.
Ela ocorre porque o ar deixa de fluir para os pulmões, fazendo com que a pessoa pare de respirar por alguns segundos. Ao perceber a parada respiratória, o cérebro emite um sinal para que a pessoa acorde por um tempo minimamente necessário (alguns segundos), volte a respirar e a dormir, muitas vezes, sem perceber que o sono foi interrompido.
Esse episódio, associado ao ronco – sons ocasionados pela vibração dos tecidos orofaríngeos com a passagem de ar –, pode se repetir inúmeras vezes e caracteriza a doença, quando a cessação do fluxo aéreo dura mais de 10 segundos. Ele compromete a circulação de ar, tensionando enormemente o corpo e reduzindo a concentração de oxigênio no sangue.
O ciclo "parar de respirar, acordar, voltar a respirar e a dormir" pode ocorrer em variados graus de severidade: leve, moderado e severo, sendo diagnosticado por meio da polissonografia, exame feito geralmente à noite que registra as variações biofisiológicas do sono.
O tratamento fonoaudiológico é indicado para os casos leve e moderado. Consiste em orientações que visam melhorar fatores ambientais e reduzir maus hábitos relacionados ao sono, além de exercícios orais para o fortalecimento da musculatura orofaríngea.
Alguns casos moderados e os de grau severo requerem tratamento fisioterápico, com o uso de um aparelho compressor de ar, conhecido como CPAP (Continuous Positive Air Pressure), que, por meio de uma máscara ajustada ao nariz e à boca do paciente, previne a obstrução da passagem de ar, restabelecendo o sono normal do indivíduo.
O trabalho multi e interdisciplinar com profissionais das áreas de cardiologia, pneumologia, nutrição, fisioterapia e fonoaudiologia é fundamental para o sucesso terapêutico.
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