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Adoçantes: o novo vilão do coração?

Por Marina Carvalho Rassbach



Com o aumento da obesidade e do diabetes como epidemias mundiais, veio também o uso indiscriminado dos adoçantes, mas será que esses compostos fazem bem à saúde? Estudos recentes têm mostrado que não.


Adoçantes, quando usados a longo prazo, podem aumentar a fome, aumentar a chance de ter diabetes ou obesidade e ser ruins para o coração. É o que tem mostrado alguns estudos de metanálise nos últimos anos.


Pacientes acompanhados por mais de 10 anos em uso de adoçantes tiveram mais doenças cardio-metabólicas do que aqueles que não usaram essas substâncias. Mesmo adoçantes mais naturais, como a estévia, também foram testados. Um estudo mostrou o aumento da hemoglobina glicada, um exame que mede o risco de diabetes ou pré-diabetes em pessoas que usaram adoçantes.


Os estudos indicam que a microbiota intestinal, que é parte fundamental para o funcionamento do metabolismo como um todo, por meio do eixo cérebro e intestino, está alterada em usuários de adoçantes. Esta pode ser a chave para explicar algumas alterações e riscos encontrados nos estudos.


Apesar das populações estudadas serem muito heterogêneas, não permitindo admitir o uso desse composto como um risco real, fica o alerta de que os adoçantes podem não ser tão benéficos como se pensava inicialmente (Suez et al., 2014; Suez et al., 2015; Reid et al., 2016; Azad et al., 2017).



Palavras-chave: adoçantes obesidade diabetes doenças cardiometabólicas estévia metabolismo

 

Fontes: 

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25231862; https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25831243.

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